terça-feira, 1 de julho de 2014

Conclusões

O blog “Crítica Nerd” foi criado com a intenção de analisar um portal, muito influente e conhecido, totalmente idealizado para o público nerd, cujo conteúdo é rico e diversificado e que sempre tem muitos acessos. Trata-se do “Jovem Nerd”. Diante do impacto que este portal tem entre o público a que se destina, bem como seu formato criativo e interessante, entendemos que sua análise poderia ser proveitosa. Além disso, outros pontos que influenciaram nossa escolha foram a multiplicidade e a amplitude de conteúdo do portal, bem como a forma como são abordados temas deste universo nerd – sempre com humor, de maneira leve, cativante, inteligente e atualizada – o que nos chamou bastante a atenção. Provavelmente este é um dos portais de maior visibilidade no Brasil sobre o tema e seu podcast é um dos mais baixados
           

A partir da análise das diversas seções que compõem o portal - Nerdcast, Nerdoffice, Nerdplayer, Matando Robôs Gigantes, A Maravilhosa Cozinha de Jack, Colunas e Contos -, foi possível observar que os temas que costumam permear as publicações do “Jovem Nerd” são os mais variados! Evidencia-se que o campo de interesse dos nerds é muito vasto e abarca inúmeras áreas: notícias, virais da internet, viagens, eventos nerds, quadrinhos, literatura, games, cinema, twitter, facebook e outros assuntos gerais (de política a zumbis, piratas e aliens!). Os produtores do conteúdo dos blogs do portal estão sempre atentos para abordar temas contemporâneos e de interesse dos nerds que os acompanham. E o que interliga todo este amplo espectro de assuntos de forma harmônica é a identidade que blog construiu. 

           
Nas diversas seções do portal, há a ideia comum de que este é um site feito por nerds e dedicado a nerds. Assim, um tom de leveza e naturalidade permeia a produção do seu conteúdo, porque os criadores falam daquilo de que gostam, entendem e pelo que se interessam. Com essa tônica, e também com uma preocupação em manter a irreverência e a liberdade na forma de tratar suas temáticas, conquistou um público fiel, que estabeleceu uma relação muito boa com o “Jovem Nerd”. Assim se construiu a identidade deste site, através de recursos audiovisuais, pelas características de seus apresentadores/escritores/locutores, e também ao desenvolver uma linguagem simples, bem-humorada, sincera e espontânea, o que se expressa em cada uma das colunas do “Jovem Nerd” e as interliga, apesar da multiplicidade de seu conteúdo.

Autoria coletiva




MRG Show 46 - Seja melhor!


Este episódio (Show) de Matando Robôs Gigantes segue o mesmo padrão de edição comum deste quadro, com algumas novidades de edição: o uso do alterador de voz de um dos apresentadores como função cômica, a inserção de objetos na cena (moeda e narizes de palhaço) e a inserção da barra de opções do YouTube ao final do vídeo para demonstrar como os fãs podem dar o feedback pedido pelos apresentadores.
            
A temática desta transmissão foi baseada em filmes “edificantes”, sendo na definição dos apresentadores, filmes que tem algum teor educacional ou moralista (no sentido de ensinar lições morais, não no sentido pejorativo). Um fator interessante é a falta de consenso entre eles, muitas vezes discordando das opiniões dos outros veementemente. O andamento do programa segue a forma de dicas fornecidas em forma de lista.
            
Cita-se na transmissão uma definição para o nerd, o que se relaciona fortemente com a temática do programa e do portal que ele se inclui, define-se nerd como aquele que deseja que os outros amem o que ele ama. São feitas comparações entre roteiros de filmes clássicos com filmes contemporâneos (exemplifica-se dizendo que o filme Armageddon tem a mesma estrutura do clássico A Lista de Schindler). Comenta-se também sobre filmes baseados em histórias reais e como estes ajudam ao público criar interesse na vida de pessoas sublimes.

            
O filme Forrest Gump é aquele onde o consenso existe e escolhido para ser o mais elogiado pela crítica que foi feita a todos as obras citadas, uma intertextualidade notável encontra-se na procura que os apresentadores fazem para incluir a temática de robôs (temática símbolo de seu programa) no filme. 


MRG 225 - Fomos na E3 2014! (Mentira)

Na transmissão de nº 225 (áudio) de Matando Robôs Gigantes, observa-se vários recursos comuns ao mundo do rádio: utilização de música como introdução e fechamento, música ao fundo das falas, gags cômicos (típicos de programas humorísticos de rádio) e efeitos sonoros (recurso cômico muito comum também). A característica de se produzir uma comédia óbvia e simples (comum do Matando Robôs Gigantes) mantém-se.
            
O programa funciona como uma conversa entre três pessoas, dois membros do cast do programa e uma convidada, de forma bem informal (característica comum de podcasts). Nota-se que a convidada não está no mesmo local que os apresentadores pela diferença da qualidade do som de sua voz na transmissão. O assunto base de toda conversa é a famosa feira internacional de games E3.
            
A conversa caminha na discussão dos títulos apresentados na feira e abrange as opiniões dos locutores em diversos assuntos relacionados, como: empresas de desenvolvimento de games, modos de jogar e plataformas disponíveis e interações multiplayers on e off-line.

            
Outros temas são englobados no andamento, comenta-se sobre games que desejam criar mitologias e sociedades próprias deles (assim como feito em literaturas famosas como as séria The Lord of the Rings e Harry Potter), além de curiosidades notáveis como a publicação de uma edição da famosa revista masculina Playboy da Polônia com a capa estampando uma mulher virtual, personagem de um game famoso desenvolvido por poloneses.


Os temas são interligados a todo tempo, caracterizando a postura informal do programa, assim da menção da capa da revista Playboy, discutiu-se a inclusão de novos proprietários intelectuais de países que não costumavam ter espaço na indústria dos games e chegou-se a discussão da “objetização” das mulheres nos games e o machismo implícito neste ato.


Falou-se também de confusões comuns que “leigos” fazem ao referir-se a games famosos, exemplifica-se com o personagem Link, protagonista da série de games The Legend of Zelda, que é comumente chamado de Zelda.


O programa encerra-se com comentários rápidos finais dos três conversadores. Contudo, é incluído um pós-créditos dedicado ao comentário do cast do programa ao feedback que recebem de seus fãs das redes sociais.




Broforce - AMERICA F*CK YEAH! | NerdPlayer 121


A qualidade de definição do game analisado no Nerd Player 121 é muito inferior a dos games atuais, que rodam em plataformas mais modernas como Playstation 4 e Xbox One, tanto que sua plataforma é o PC. O gameplay em questão é Broforce, um jogo em formato “pixelizado” muito parecido com o popular Minecraft. O jogo de ação e aventura tem como objetivo principal completar missões utilizando armas, bombas e metralhadoras. Mas a grande atração desse jogo é que ele utiliza em seus personagens versões de heróis de filmes de ação dos anos 80 e 90. Os comentaristas e os editores do Jovem Nerd vão se apoiar nessa diferenciação para conduzir a análise e demonstração do jogo.

Os recursos visuais são presentes nas prévias edições. Quando algo dá errado no jogo ou o jogador não consegue executar uma jogada aparece um enorme “FAIL” na tela sincronizado com um barulho de alarme. Do mais Alexandre Ottoni e Azaghal, os dois jogadores e narradores, vão se debruçar na história dos aventureiros em questão para contar de forma bem humorada as aventuras que eles passam jogando.

É possível ver personagens marcantes, por exemplo um com uma bandana vermelha na cabeça e uma submetralhadora debaixo do braço. Logo, os jogadores já identificam que é o personagem Rambo, interpretado por Sylvestre Stallone. Em seguida, colocam trechos do filme de Stallone atuando como Rambo em cenas de ação. E como são entendedores e conhecedores profundos desses filmes, repetem constantemente frases dos filmes que, em seguida, são reproduzidas. Arnold Scwarzenegger também é outra figura muito presente e explorada pelos editores por conta de suas frases de efeito em seus filmes que já viraram uma representação por tantas vezes reproduzidas no dia-a-dia. Outros heróis de ação que aparecem são: Chuck Norris, John MacClane, MacGyver, Robocop e Indiana Jones. Seus bordões nos filmes são intensamente reproduzidos.


Fica claro nesse Nerd Player que o público alvo é aquele que gosta de jogos e ainda assistiu diversos filmes de ação nos anos 80 e 90. A linguagem é simples, animada e aprimorada para esse grupo que compreende diversas gírias ou referências ao mundo desses filmes de Hollywood, que tinha como bandeira um americano nacionalista que viajava para outro país para lutar e vencer o mal através de armas, bombas e lutas.


Batman: Arkham City - Resenha


A resenha mais recente da seção, que trata do jogo “Batman: Arkham City”, começa de uma maneira que é tradicional nas colunas do jovem nerd: o autor, logo de início, compara a versão que está sendo lançada no período em que escreve com as anteriores. O colunista destaca que o game, que expande a ideia dos primeiros e ainda leva o jogador ao encontro de vários personagens da saga do homem morcego, está ainda melhor do que as versões mais antigas, também elogiadas por ele. 

O cenário e o enredo do jogo são descritos já no segundo parágrafo: logo após os eventos da primeira versão, o diretor contorna a rebelião causada pelo vilão Coringa, e lança um plano ambicioso de fundar em Gotham City uma espécie de cidade-presídio, chamada de Arkham City. Ele ganha status de prefeito de Gotham City, e toma como objetivo principal captura o homem-morcego. Bruce Wayne combate esse novo presídio em uma frente política e acaba preso. Assim, o jogo se inicia dentro do grande “viveiro” de criminosos da cidade. 


Os comandos dos jogos são renovados, sendo que grande parte deles pode ser desbloqueada nas primeiras 2h de jogo. Nessa versão, Batman está armado desde o início, e o acesso a novas armas está mais fácil. 

Um ponto positivo destacado pelo colunista é o fato de vários personagens importantes das histórias do batman aparecerem nesse jogo. Porém, para alguns dos vilões mais memoráveis da história, como o Duas-Caras, foi dado pouco desenvolvimento. O personagem citado, por exemplo, aparece brevemente, ao levar um soco da Mulher-Gato, e depois nunca mais aparece no enredo. 

Ainda sobre os personagens, o autor aponta como uma das principais mudanças positivas o destaque dado à Mulher-Gato. Ela tem seus próprios movimentos, história e objetivo, e atua como uma espécie de espiã nas primeiras missões do jogo. O colunista dá um conselho ao leitor do jovem nerd: se for possível, desbloquear a personagem logo no início.

Ao analisar o visual do jogo, o autor não economiza elogios. Inovadora, a Gotham City criada para essa versão se difere de qualquer outro cenário criado para fazer alusão à cidade natal de Bruce Wayne. Toda a cidade possui um aspecto cinzento, com exceção do reduto do Coringa, que possui tons fluorescentes, o que condiz com o nível de insanidade do vilão. 


Por fim, o autor afirma que Batman – Arkhan City é um verdadeiro fan-service, pois respeita mais de 60 anos de história do Batman. Mais do que isso, ele defende que esse é o melhor jogo de super-herói já feito, pois mistura com êxito uma história densa com vários objetivos e um free-play com várias horas de opções.

Batman: Arkham City - Trailer